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espiritismo - Page 4

  • O Sexo é um atributo de Deus no Universo

    As religiões ortodoxas, em especial a religião católica, têm através dos anos criado um tabu a respeito do sexo, atribuindo ao mesmo, uma conotação pecaminosa, entretanto, esta atitude da igreja, não era uma atitude de fé, não aconteceu porque o clero romano acreditasse que o sexo é pecado, foi antes uma atitude política e financeira, pois se os membros da igreja se consorciassem, os bens da mesma teriam que ser divididos com os familiares destes, e com certeza, a igreja não teria o poderio financeiro e político que hoje possui. E para justificar que o sexo é pecado, apresentam o texto inserido na Gênesis cap. 27, 28, 29 “E Deus criou o homem a sua imagem; a imagem de Deus ele o criou homem e mulher. E Deus os abençoou e lhes disse: Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra, e todos os seres vivos que rastejam sobre toda a terra,....

    Segundo o Gênesis, Deus criou o primeiro casal de homens Adão e Eva, lhes pede que sejam fecundos, que se multipliquem, e encham toda terra, mas que ironia, quando o casal descobre o mecanismo do sexo, o único meio para multiplicarem-se, Deus os expulsa do paraíso, por entender que haviam pecado, e este é um pecado original conforme a igreja, que infelizmente até hoje apresenta este argumento, completamente desprovido de lógica, razão e bom senso. Mas era preciso fortalecer na mente de seus adeptos a ideia de que o sexo é um pecado, fortalecer este dogma, pois as finanças assim o pediam, então, lhe apresentaram outro argumento, o de que Jesus não se havia casado, e para solidificar esta ideia, elaboraram o dogma da Imaculada Conceição, dogma este que afirma que Jesus não nasceu pelos processos naturais da genética, foi concebido por Maria, por obra e graça do Espírito Santo, e esta é a concepção dos religiosos ortodoxos a respeito do sexo, como visto a principio, é um pecado original, e para confirmar este pecado, afirmam que Jesus derrogou as leis naturais da vida, não nasceu como fruto de um relacionamento entre José e Maria.

    E nós os espíritas, embora hajamos atenuado a nossa concepção de que o sexo é pecado, devido a orientação lógica e racional que recebemos dos espíritos superiores, através da maravilhosa doutrina dos espíritos, ainda trazemos resquícios de quando pertencíamos a essas religiões ortodoxas, ou nesta existência, ou em outras passadas, pois muitos espíritas entendem ainda de que o sexo tenha algo de pecaminoso, embora não defendam mais o celibato. Alguns confrades alegam de que não podemos praticar o sexo na noite anterior a uma reunião espiritual, e de que não devemos praticar o sexo após termos saído de uma reunião espiritual, e eu entendo que o único empecilho em praticar-se o sexo antes de uma reunião espiritual, seja o desgaste físico que acontece entre o casal, mas para recompor a nossa energia temos a noite toda, e quanto ao fato de sairmos de uma reunião espiritual, o aconselhamento para que evitemos praticar sexo, é ainda mais absurda, pois depois de havermos saído felizes, repretos de energias divinas, comunmente costumamos passar em uma pizzaria, ou em um restaurante, para nos alimentarmos, esta é uma necessidade física, mas transformamos esta necessidade em um prazer, com o sexo não é diferente.

    Ao apresentar estes argumentos, não estou de forma alguma fazendo apologia ao amor livre, e muito menos ao adultério, e menos ainda a infidelidade, pois entendo que o sexo é um patrimônio sagrado que herdamos do Criador, é um mecanismo prioritário da evolução sem este, não reencarnaríamos, não teríamos a oportunidade de revermos o nosso passado, para ser mais explicito, a evolução não existiria, pois a evolução necessita da palingênesia no reino do minério e do vegetal, e da reencarnação no reino animal e humanoide, e o sexo é o mecanismo que possibilita o renascimento aconteça; reporto-me ao sexo praticado por um casal que se ama, se respeita e que vivem um para o outro.

    Conforme Emmanuel, sexo é harmonia e vida no conjunto do universo, esta presente na atração e repulsão dos átomos, já apreendemos através da física que cargas iguais se repelem, cargas diferentes se atraem, fomos informados que um elétron gira em torno do núcleo de um átomo, devido ao elétron estar carregado de eletricidade negativa e os prótons no interior do núcleo de eletricidade positiva, e é esta diferença de potenciação que propicia a atração desses corpúsculos, no reino do minério a força de atração e repulsão, (sexo) esta presente, e para explicitarmos de maneira sintetizada, lembramos que a pedra de imã, atende a regra, polos diferentes se atraem polos iguais se repelem, e esta força de atração esta presente em tudo no universo, pois temos os planetas orbitando em torno de sois, e sois menores orbitando em torno de sóis mais portentosos, atraídos pela força gravitacional, e evidentemente uma outra força que nos escapa ainda a concepção, pois já informamos sobre esta questão, em o texto “Deus não joga dados no universo”, publicado na revista Espiritismo & Ciência.

    E quanto ao sexo nas plantas, acontece de forma organizada, em que plantas masculinas e femininas, desenvolvem órgãos apropriados para a fecundação e a reprodução. Havendo uma imensa variedade de espécimes, há também várias formas de fecundação e reprodução das mesmas. Demorar-nos-emos, entretanto, a descrever o processo de reprodução dos musgos e hepáticas, no intento de ilustrar a temática que estamos desenvolvendo, descrever todas se torna cansativo e antiproducente, existe uma vasta literatura de botânica que desenvolve esta matéria com propriedade. Em determinado momento a planta masculina, forma em seu ápice, estruturas globosas denominadas anterídios, no interior destes anterídios se formam os gametas, que são dotados de dois flagelos e são chamados de anterozoides. A planta feminina por sua vez, também forma seu ápice, o arquegônio, no interior deste arquegônio está o gameta feminino, a oosfera.

    Por ocasião de uma chuva ou garoa, os anterídios liberam os anterozoides até as proximidades dos arquegônios, os anterozoides que são flagelados (dotados de movimento), nadam até o arquegônio e atingem a oosfera, ocorrendo à fecundação. Estas plantas que produzem gametas são chamadas de gametófitos, e, a célula resultante da fecundação é o zigoto, que é chamado de diploide (2n), este zigoto encontra-se no gametófito feminino e desenvolve-se formando uma plantinha diminuta, que é dependente do gametófito. Esta plantinha se chama esporófito e é diploide (2n) este esporófito alonga-se e forma, na extremidade, uma cápsula, e, é no interior dessa cápsula que ocorre a meiose e as células resultantes da meiose são os esporos (n), estes esporos liberados, são carregados pelo vento, caem sobre um substrato adequado, onde germinam, formando o protonema, que originará novos gametófitos (n), fechando-se o ciclo. Este processo de fecundação e reprodução se faz, da parte dos musgos e hepáticas, sexuadas e assexuadas, chamados de hermafroditas.

    O processo de reprodução das plantas varia de conformidade com os espécimes; temos as algas verdes, que podem ser sexuadas ou assexuadas, os ficomicetos (fungos); que também podem ser sexuados ou assexuados; os pinheiros, que desenvolvem suas sementes sobre cones ou pinhas e não estão localizadas no interior do fruto, este processo de reprodução se chama gimnosperma. Temos ainda as angiospermas, que tem como órgão de reprodução a flor, nela estão presentes os gametófitos masculinos e femininos. Como resultado da fecundação, surgem as sementes encerradas no interior dos frutos, que tem importância fundamental, no processo de disseminação dessas mesmas sementes. Tanto as abelhas, como outros insetos, exercem um papel de importância fundamental no processo de fecundação e reprodução das angiospermas, quando transportam os grãos de pólen que são os gametófitos masculinos, depositando-os no pistilo, que é constituído por uma região basal dilatada, o ovário.

    Como visto, no reino vegetal, o sexo já se manifesta através de órgãos apropriados, e, em muitas plantas com muita similitude ao processo de fecundação animal.

    No reino animal, o sexo se manifesta através da cópula, por processos que não diferem muito do sexo praticado pelos seres humanos, embora os métodos do relacionamento entre estes, sejam mais primitivos, obedientes ao instinto, atendendo a necessidade da reprodução, mas não podemos ignorar de que o prazer é o elo de atração, que começa a desenvolver-se já no reino animal, assim como sucede a inteligência, ao amor, e outros atributos que herdamos de Deus.

    Os animais machos são dotados de testículos e pênis, as fêmeas, de vagina, útero e ovários. O processo de fecundação e reprodução da espécie se demora obediente às leis da genética, tal acontece com os humanos. Seguindo o curso de maturação e desenvolvimento, o sexo, atinge no reino animal a sua individualidade. Após haver-se demorado por muitos bilênios maturando-se, o sexo que se demorou no animal irracional, guiado pelo instinto, aprimora-se no homem (animal racional), regido agora por uma consciência, que haverá de conduzi-lo, de encontro à sublimação. Seja no homem, ou no animal, o sexo é força determinante, de atração e reprodução da espécie. A natureza propicia os elementos e meios de atração dos seres, através da beleza e do vigor, e no reino animal o instinto, no humanoide a afinidade, o que faz do sexo, não apenas um meio de reprodução, mas também uma condição de prazer no complemento da felicidade.

    Os órgãos genitais dos homens diferem dos órgãos genitais dos animais, no que concerne às aparências, no entanto, as funções se equivalem, embora mais desenvoltas e aprimoradas nos homens. Quanto à fecundação e a genética, embora haja diferença de tempo no período de gestação, o princípio, tanto quanto, o processo, se equivalem, sendo que a natureza prodiga e amorosa, facilita o processo da genética aos nossos irmãos irracionais, pois estes ainda não desenvolveram a inteligência o suficiente, para fazerem uso da racionalidade, e participarem do processo do renascimento. Os órgãos genitais femininos são: os ovários, o útero, as trompas de falópio, a vagina, vulva e mamas.

    Os órgãos genitais masculinos são: os testículos, as vias espermáticas, as glândulas bulbouretrais e o pênis que é o órgão de contato. A fecundação do ser humano acontece quando, no momento da cópula o homem ejacula na mulher de 2 a 5cm3 de esperma, que contem aproximadamente 150 milhões de espermatozoides. Estes espermatozoides, ejaculados na vagina, no lago seminal e, alguns diretamente no canal do útero, procuram sair do inóspito meio ácido da vagina, transpondo o canal servical e penetrando no útero. Movimentam-se pelos líquidos da parede uterina até a entrada da trompa, atravessam-na, quase toda e vão interceptar o óvulo no terço externo do conduto, para fecundá-lo.

    Este óvulo que vai ser fecundado pelo espermatozoide, foi liberado pelo ovário, depois de ter amadurecido no folículo de Graal, sendo então recolhido pela trompa de Falópio. A partir do momento em que o espermatozoide penetra o óvulo através da zona pelúcida, inicia-se a fecundação. A partir de então, principia-se a duplicação das células, no percurso que perfaz de retorno ao útero, transformando-se em uma mórula. Esta mórula transforma-se num blasto cisto (blasto, que vai gerar alguma coisa; cisto, cavidade), depois em trofoblasto, onde passa então a cavar o endométrio, e dará mais tarde origem a placenta. O blasto cisto, finalmente faz contato com o endométrio, perfurando-o, até cavar nele um verdadeiro ninho, onde se migra para formar o embrião, que toma esse nome, três semanas após a fecundação do óvulo, transformando-se em feto, após dois meses de gestação e, a partir de então o milagre da vida acontece.

    Como visto o sexo, é o elo que permite que a vida se manifeste em sua plenitude, maturando-se como espírito e matéria. Sexo, é a energia que insufla o Universo de vigor e vida, é o mecanismo que propicia a maturação da mesma, é a expansão dos atributos que trazemos em potenciação no núcleo da alma, como um eterno vir a ser, é o fogo que alimenta acesa a chama da evolução, pois sem esta chama que se manifesta em forma de atração, não aconteceria a reprodução da espécie. O sexo na sua acepção ampla está estreitamente relacionado ao amor, está associado a este, podemos mesmo afirmar que amor e sexo se manifestam em simbiose, pois o sexo não se delimita a relação física das almas, sexo é permuta de sentimentos, é troca de energias, é fusão de vidas a caminho da sublimação. Entretanto alguns confrades, extrapolando de forma equivocada a questão 200 do “Livro dos Espíritos”, a celebre pergunta apresentada por Kardec ao Espírito da Verdade;Os espíritos tem sexo?”E este lhe respondeu:” Não como o entendeis, porque os sexos dependem da constituição orgânica. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos. E nossos queridos confrades, entenderam que Kardec afirmou que o espírito não tem sexo, entretanto não como o entendeis, esta muito mais para sim do que para não, pois se o espírito não tivesse sexo, a reposta correta seria não, pois como é que poderemos entender algo que não exista, e nos esclarece mesmo, existir entre os espíritos, amor e simpatia, baseados na afinidade de sentimentos, e o espírito da verdade, não nos diz, afinidade de pensamentos, de ideais, mas de sentimentos. E mais, pois nos atendo a luz da lógica e da razão, se acreditarmos que o corpo de matéria tem a propriedade de gerar o sexo, teremos que concordar com os ateístas quando afirmam que a inteligência é um atributo do cérebro, pois se a matéria pode gerar o sexo; porque não a inteligência? E mais, o sexo é uma força, uma energia divina, que antecede a matéria, pois nós apreendemos com a física, que o hidrogênio é o pai da matéria, é o menor átomo na escala de peso atômico, e como retro apresentado, o átomo em sua constituição intima se demora obediente a lei de atração e repulsão, ou seja, cargas de sinais iguais se repelem, cargas opostas se atraem, falamos da atração do elétron e do próton por possuírem cargas elétricas diferenciadas, e lembramos que um átomo de hidrogênio, é composto apenas de um elétron e um próton, este é um átomo de hidrogênio simples, pois temos os isótopos que são átomos de hidrogênio compostos, estes possuem um próton e um nêutron e seu núcleo, sendo que este nêutron é desnecessário por não haverem dois prótons no núcleo do átomo de hidrogênio.

    Os demais átomos a seguir, hélio, berílio, etc. possuem em seu núcleo, a mesma quantidade de prótons e de neutros, pois os neutros tem a finalidade de permitir aconteça a transferência de cargas, pois como o sabemos, os prótons são corpúsculos carregados de eletricidade positiva, e não houvessem os neutros, estes estariam se repelindo por possuírem cargas iguais, como visto o sexo antecede a formação da matéria; como explicar a possibilidade de ser o sexo um atributo da matéria? Acreditar nesta possibilidade é o mesmo que acreditar que o efeito antecede a causa, o que é impossível. O sexo é um atributo de Deus, como o são a inteligência e o amor, não é uma energia resultante da mutação de outra energia, como é o caso do ódio, pois o ódio nós sabemos ser á adulteração do amor na sua condição embrionária; as paixões incompreendidas, a ambição frustrada, se transformam em ódio, e esses sentimentos, são uma modalidade elementar do amor, entretanto o sexo esta contido em Deus, é uma manifestação do Mesmo na vida, é essência do Criador. Essa concepção nos leva a concluir que o sexo não se extingue com a evolução do ser ao infinito na eternidade, tanto quanto não se dissolve o amor, pois conforme nos orienta a doutrina espírita, o amor é eterno, e esta é a lógica, pois se Deus é eterno, temos que concluir que seus atributos também o sejam, não dá para aceitarmos a hipótese de que uma manifestação qualquer de Deus, seja perecível, crer nesta possibilidade é crer no panteísmo, em que nossos irmãos budistas, acreditam que depois da morte do corpo, perdemos a nossa individualidade, e voltamos a fazer parte de Deus, como se jogássemos uma caneca de água doce no oceano, esta água doce, se misturaria a água salgada e perderia a sua essência, jamais a encontraríamos. E nós centelhas divinas do criador, conforme nos informa Kardec em o “Livro dos Espíritos”, herdamos de Deus seus atributos divinos para a eternidade, pois aceitarmos como aceitam alguns confrades, que o amor e o sexo se extinguem com a evolução do ser na eternidade, é ilógico, se esses dois atributos forem suscetíveis de extinção na evolução do ser, a inteligência assim como outros atributos do Eterno, também o são, esta possibilidade, nos leva a concluir que se evoluindo na eternidade, perdemos nossa individualidade, voltamos a fonte de origem Deus, o que não deixa de ser uma crença símile ao panteísmo.

    O sexo assim como o amor e a inteligência, são atributos divinos que herdamos do Criador, são inerentes ao espírito, e maturam-se a partir do reino do minério, através da evolução anímica, e assim como o amor e a inteligência vão se desenvolver, e se expandir na eternidade, sem um ápice, em que possamos afirmar que a partir desse momento a expansão evolutiva dessas potenciações haja atingido seu limite evolutivo, pois apreendemos com os grandes espíritos que a evolução é eterna, podemos, fazendo o uso da lógica e da razão, concluir que o sexo é um atributo que o espírito recebe de Deus, e esse atributo lhe pertencerá para a eternidade. E este raciocínio nos leva a entender de que o espírito tem sexo sim e independente da condição evolutiva que o espírito haja conquistado, pratica o sexo, lógico, não mais vivendo o relacionamento físico, não mais impulsionado pela libido, mas permutando energias vibracionais divinas, vivendo a felicidade de estar junto ao ser amado, completamente distanciados do sexo que praticamos enquanto encarnados, que tem como finalidade primeira a procriação, embora patrocine o prazer como um meio de atração, os espíritos superiores, permutam energias imantadas de um amor divino, energias estas que lhes facultam condições de cocriar nos infinitos departamentos da vida no universo, propiciando-lhes um êxtase infinito, em que a felicidade e o amor, são a resultante dessa permuta divina de valores.

    E para que entendamos melhor esta realidade, pois infelizmente nos demoramos ainda oblíquos em nossa visão a respeito da sexualidade, e esta nossa visão distorcida acontece por nos demorarmos vivendo um momento evolutivo em que entendemos como sexo, exclusivamente a copula, ou sendo mais explicito a comunhão dos corpos, e por não havermos ainda suplantado a matéria, e adulteramos as funções divinas desse mecanismo maravilhoso, que nos propicia a evolução do ser na eternidade, é que apresentamos as palavras de Alexandre orientador de Andre Luiz, em seu livro “Os Missionários da Luz: Substituamos as palavras "união sexual" por "União de qualidades" e observaremos que toda a vida universal se baseia nesse divino fenômeno, cuja causa reside no próprio Deus, Pai Criador de todas as coisas e de todos os seres”.

    Alguns confrades acreditam que o espírito não tem sexo, que com a evolução o mesmo vai se diluindo, e já vimos que acreditar nessa possibilidade é acreditar no panteísmo, e temos diversos álibis para corroborar que o espírito conserva a sexualidade, uma delas é Jesus, pois embora Ele não haja praticado o sexo quando de sua estadia na terra, conservou sua configuração masculina, tanto quanto seu comportamento psicológico masculino, pois era austero, enérgico quando necessário, embora fosse dócil e amoroso, a menos que acreditemos que a sua conduta masculina foi moldada pelo corpo de matéria, entretanto, temos que convir, que se o corpo físico tivesse condições para moldar-lhe as características masculinas, teria também condições para desenvolver-lhe outras manifestações psíquicas, e alterar-lhe a missão, pois seu Espírito estaria subordinado a matéria.

    E não podemos nos esquecer de que a própria configuração masculina e feminina que o espírito conserva depois de desencarnado, mesmo havendo se libertado das influencias da matéria, e esteja a viver uma evolução maior, é uma definição de sexo, e esta configuração permanece independente da evolução que haja adquirido o espírito, e outro fator preponderante é o pudor que os espíritos conservam na espiritualidade, pois não sabemos por informações dos espíritos superiores, que depois de haver conquistado uma evolução maior, os espíritos andem despidos, - como no-lo pintam os católicos, em que os anjos, permanecem nus, ou seminus - pelo contrario, temos informações de que as mulheres usam vestidos longos, que lhes cobre todo o corpo, e me parece que esse pudor é uma modalidade de manifestação do sexo, pois não houvesse qualquer preocupação a esse respeito, e com todo respeito os espíritos não cobririam suas partes intimas, pois não haveria motivos para isto. Mas essa nossa apreciação ao sexo, se demora distorcida, e não apenas no conceito das religiões ortodoxas, mas também para muitos espíritas, por não entenderem que não existe o sexo masculino e o feminino, existe uma sexualidade única, que contem as duas modalidades diferenciadas de ser do sexo, masculino e feminino, e esta possibilidade é confirmada pelo inconformismo em se demoram os hermafroditas, que insatisfeitos procuram a cirurgia, no intento de adaptar seus órgãos sexuais ao momento psicológico em que se demoram, tampouco existiriam os homossexuais, isto só é possível acontecer porque o eu eterno trás intrínseco em seu ser, as duas modalidades de ser do sexo, e no momento evolutivo em que nos demoramos, por não havermos ainda conquistado o equilíbrio perante a vida, é que essa dualidade acontece.

    E pelo fato de ignorarmos essa realidade divina, é que encontramos ainda, alguns machistas, e feministas, disputando a possibilidade de Deus ser masculino, ou feminino, entretanto Este, não se demora vivendo a modalidade de ser masculino ou feminino, Ele manifesta o sexo, como manifesta a inteligência e o amor, não existem manifestações diferenciadas do amor exteriorizado por Deus, o Criador não manifesta o amor de mãe, de pai, de esposos, de filhos de forma diferenciada, Ele exterioriza o amor como uma essência única, essência esta que responde as infinitas modalidades de ser do amor no momento evolutivo em que este ser se demore, e o mesmo acontece com o sexo. Para sermos mais explícitos, e nos fazermos melhor entendidos, lembramos que a inteligência, o amor, o sexo e infinitos atributos que de Deus se manifesta na vida, estão contidos na substância, plasma divino do Criador e se manifestam ora no campo da energia, ora no campo da matéria, até o momento em que inicia na evolução anímica sua caminhada em busca da individualidade, maturando e expandindo-se eternamente, sem limites, encerrando o objetivo único de evoluir na eternidade.

    Afirmamos constantemente que Deus é absoluto, mas infelizmente não conseguimos entender ainda, o que seja esse absoluto em que Deus se demora, sim Deus esta no absoluto, pois Ele envolve todos os fenômenos que se manifestam no universo, ou melhor, é Ele os infinitos fenômenos que se manifestam na vida do universo, Ele é a vida, em outras palavras, todos os fenômenos, todas as manifestações que acontecem na vida, estão contidas em Deus como um eterno vir a ser, desde a eternidade e para a eternidade, no universo nada se cria, tudo se modifica e se transforma, nada se subtrai e tampouco se adiciona a vida do mesmo, se isto acontecesse, Deus seria mutável, e nós sabemos com Kardec que a imutabilidade, é um dos atributos do eterno, e esta concepção que apresentamos do Criador, nos leva a concluir de que os fenômenos infinitos que já apreciamos, e infinitos outros que se demoram como ignoto, no momento evolutivo em que nos demoramos, estão contidos em Deus, e que embora nossa evolução aconteça ao infinito, e na eternidade, seremos sempre um ponto observando outros pontos do universo, que nos demoraremos eternamente mergulhados nesse oceano de vida e esplendores, absorvendo a essência suprema dessa vida, entretanto, nos demoraremos eternamente no relativo, pois como apreciado em nossos estudos, observando ainda, a resposta do espírito da verdade a Kardec, nossa vida, é uma centelha divina do Criador, centelha esta que se matura ao infinito, na eternidade, exteriorizando nossas potenciações infinitas de amor vida e luz.

    Uma vez que chegamos a conclusão, de que Deus esta no absoluto, que a vida, desde a eternidade, e para toda a eternidade, se manifesta completa, absoluta no universo infinito, somos levados a crer, que existam infinitas modalidades de ser do universo, a estas modalidades de ser do mesmo, nós denominamos dimensões vibracionais , e com certeza o universo para propiciar mecanismos apropriados a evolução do ser , nos apresenta modalidades diferenciadas em seu contexto absoluto, pois estas modalidades de ser do universo que apreciamos, como estático, dinâmico, e mecânico, atendem a evolução do espírito por um período da eternidade, entretanto, chega um momento nesta eternidade, que o espírito se satura dessas experiências, e necessita de novos meios para sequenciar sua evolução, e então passamos a habitar dimensões mais sutis, mais rarefeitas, mais complexas, numa dimensão vibracional, que atenda a nossa necessidade evolutiva, entretanto, as infinitas modalidades de ser do universo, não são outros universos, ou seja, não são universos paralelos, pois o universo é infinito, é eterno, é único, as diferentes dimensões do universo, coexistem ocupando o mesmo espaço tempo, contidas em Deus, num absoluto, que por hora a nossa capacidade conceptiva, ainda não consegue assimilar, pois essas infinitas dimensões vibracionais, são para nós, um ignoto, um eterno vir a ser, mas que para Deus, são, simplesmente a manifestação de Sua Vida. ( Ver na Espiritismo & Ciência Edição especial, n. 60, a publicação do tema, Deus é absoluto no universo)

    Para uma grande maioria de espíritas, esta premissa fica difícil de aceitar, primeiro pelo fato de nos retermos num imediatismo absoluto, e por termos medo de raciocinar quanto ao ignoto que nos aguarda, e ainda, pela dificuldade em que nos demoramos em entender a possibilidade de existirem elementos de vibrações diferenciadas, ocupando o mesmo espaço, duvida esta que não deveria mais existir para os espíritas, pois o homem é em sua constituição uma realidade do que estamos aqui apresentando, sabemos que o homem se manifesta na vida, primeiro como espírito, ou seja, o eu inteligente, eu diretor da matéria, o perispirito, que é o corpo energético, que permite a associação das células ao espírito, e o corpo material, que permite ao espírito materialize seus pensamentos, permitindo-lhe intervir na matéria, e não nos resta nenhuma duvida de que somos a manifestação de elementos acontecendo em três modalidades diferentes de ser ocupando o mesmo espaço, e embora se demorem em simbiose, os corpos que constituem o homem, permanecem distintos em sua dimensão vibracional, não perdem sua individualidade característica, se demoram definidos, individualizados em seu momento de ser.

    Então para concluirmos este tema, lembramos que o sexo é sem duvida alguma um atributo de Deus na vida, não se demora no acanhado âmbito em que o concebemos, por nos demorarmos ainda num momento evolutivo que não nos permite apreciar este fenômeno em sua amplitude maior, entretanto, como o mesmo é manifestação de Deus na vida, jamais iremos concebê-lo em definitivo, pois nos demoraremos sempre no relativo, à evolução vai ao infinito na eternidade, só Deus se demora no absoluto, pois Ele é a vida do universo, em toda a sua plenitude beleza e esplendor.

     

     José Sola

    jose_sola@terra.com.br

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  • Revista Super Interessante - Richard Simonetti

    Olá amigos

    Reproduzo abaixo carta de Richar Simonetti para o editor da revista Super Interessante, sobre a péssima matéria publicada sobre a Chico Xavier, façam suas analises.

    Senhor Sérgio Gwercman

    Diretor de redação da revista Super Interessante

     

    Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.

    Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.

    Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.

    Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.

    Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.

    De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”

    Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.

    A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”

    Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.

    Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.

    Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.

    Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.

    Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.

    E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?

    Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.

    Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.

    Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.

    A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.

    Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?

    Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.

    E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.

    Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.

    Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.

    Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.

    Outras “pérolas” da reportagem:

    Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.

    Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.

    Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?

    Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.

    Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imabassahy, grande escritor espírita, inconsciente velhaco, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.

    Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.

    Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.

    Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.

    Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?

    Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.

    Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!

    Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.

    A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”

    E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.

    Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:

    O dedo aponta a lua.

    O sábio olha a lua.

    O tolo olha o dedo.

     

     

    Richard Simonetti

    Bauru, 3 de abril de 2010.

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  • Cap XI - Evangelho Segundo o Espiritismo

    9. O amor é de essência divina. Desde o maior até o menor, todos vós possuís, no fundo do coração, a chama desse fogo sagrado. É um
    fato que já haveis constatado muitas vezes: o pior dos homens, o mais perverso, o mais criminoso tem por um ser ou por um objeto
    qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de tudo que tente diminuíla, e muitas vezes atingindo proporções admiráveis.

    Dissemos por um ser ou por um objeto qualquer, porque existem entre vós indivíduos que dedicam tesouros de amor, que lhes transbordam
    do coração, aos animais, às plantas e até mesmo a objetos materiais: são os solitários, críticos da sociedade, reclamando da Humanidade em geral. Eles resistem contra a tendência natural de sua alma, que procura ao seu redor afeição e simpatia; rebaixam a lei de amor ao estado de instinto. Mas, façam o que fizerem, não serão capazes de sufocar o gérmen vivo que Deus depositou em seus corações ao criá-los. Este gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e com a inteligência e, ainda que freqüentemente comprimido pelo egoísmo, é a origem das santas e doces virtudes que fazem as afeições sinceras e duráveis, que vos ajudam a percorrer a difícil e dura estrada da existência humana.

    Para algumas pessoas a prova da reencarnação é inaceitável e causa horror, por acharem que outros participarão de afetuosas simpatias das quais são ciumentas. Pobres irmãos! O vosso afeto é que vos torna egoístas. Vosso amor é limitado a um círculo íntimo de parentes ou de amigos e todos os demais são indiferentes para vós. Pois bem!

    Para praticar a lei de amor tal qual Deus a estabelece, é preciso que passeis progressivamente a amar todos os vossos irmãos indistintamente. A tarefa é longa e difícil, mas se cumprirá. Deus assim o quer, e a lei de amor é o primeiro e o mais importante ensinamento de vossa nova doutrina, pois é ela que deve um dia destruir o egoísmo sob qualquer forma que se apresente, porque, além do egoísmo pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade.

    Disse Jesus: Amai ao vosso próximo como a vós mesmos; pergunta-se, qual é o limite do próximo? Seria a família, a religião, a Pátria? Não. É toda a Humanidade. Nos mundos superiores é o amor mútuo que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam. E o vosso Planeta, destinado a um progresso que se aproxima, para sua transformação social, verá essa lei sublime ser praticada por seus habitantes, como um reflexo da Divindade.

    Os efeitos da lei de amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais
    viciosos deverão se reformar, quando virem os benefícios produzidos por esta prática: Não façais aos outros o que não gostaríeis que vos
    fizessem, mas sim fazei a eles todo o bem que está ao vosso alcance.

    Não acrediteis na secura e no endurecimento do coração humano. Ele cede, mesmo a contragosto, ao verdadeiro amor. É como se fosse um ímã ao qual não se pode resistir. O contato desse amor vivifica e fecunda os germens dessa virtude que estão nos vossos corações dormecidos. A Terra, morada de provações e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá serem nela praticados a caridade,
    a humildade, a paciência, a dedicação, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor.

    Não vos canseis de ouvir as palavras de João, o Evangelista. Como sabeis, quando a enfermidade e a velhice suspenderam o curso de suas pregações, ele apenas repetia estas doces palavras: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros.

    Caros irmãos amados, praticai estas lições; sua prática é difícil, mas a alma retira delas um imenso benefício. Acreditai em mim, fazei o sublime esforço que vos peço: “Amai-vos”, e vereis a Terra se transformar e tornar-se um novo paraíso, onde as almas virtuosas desfrutarão do repouso merecido.

    Sansão - antigo membro da Sociedade Espírita de Paris - 1863

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  • HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO - NÚCLEO ESPÍRITA DEUS, CRISTO E CARIDADE

    HORÁRIOS:

    SEGUNDA-FEIRA - ESTUDOS - 19:30 ÀS 22:00 ( ABERTA AO PÚBLICO )

    TERÇA-FEIRA - REUNIÕES DESOBSESSIVAS ( INTERNA )

    QUARTA-FEIRA - ATENDIMENTO FRATERNO - ORIENTAÇÃO E EVANGELHO - 19:30 ÀS 21:45 ( ABERTA AO PÚBLICO )

    QUINTA-FEIRA - ATENDIMENTO FRATERNO - PASSES E PALESTRAS - 19:45 ÀS 22:00 ( ABERTA AO PÚBLICO )

    EM BREVE NOVAS TURMAS DE ESTUDO!

    CONTATO: silvio.luis.morais@gmail.com

    LOCALIZAÇÃO:

     

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     RUA JURUABA, 387 ALTO - VILA LIVIEIRO - SÃO PAULO - SP

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  • Reencarnação no Mundo Espiritual

    Olá voltei! E já vamos começar com um artigo pauleira! algumas pessoas estão crendo sem nenhuma análise sobre o assunto "Reencarnação no Mundo Espiritual"... As pessoas Crêem sem analisar os fatos pela lógica, pela razão e pelo bom senso, apenas porque dizem que foi determinado espírito que escreveu...

    Amigos nem se fosse o Cristo que disse isso eu aceitaria sem análise lógica!

    Como nos instrui a codificação "tudo o que ouvir dos homens ou dos espíritos passe pelo crivo da lógica, da razão e do bom senso..."

    Agora pensem, por um a caso algum espirito que contribuiu para a codificação não iria deixar isso bem claro se ocorresse a tal reencarnação no mundo espiritual?? Será que essa idéia não está indo para o campo da imaginação delirante das pessoas desejando confirmar suas teorias??? Esquecendo a análise fria e lógica dos fatos?

    Realmente o próprio Kardec nos disse que a Doutrina deveria evoluir junto com a ciência, mas não com a imaginação ilógica de alguns que não possuem argumentos e fatos para tal comprovação. Para explicar a reencarnação no plano espiritual teriamos que desenvolver toda uma teoria que contribuisse para a explicação da inseminação no plano espiritual, o processo de miniaturização do "espirito reencarnante no plano espiritual", o processo de aproximação desse espirito perto da suposta "mãe" e nesse campo acrescentarmos como esses não seriam "vistos / percebidos" pelos outros que lá se encontram satisfazendo desejos desregrados no campo do sexo ou seria "sugado" o primeiro que estivesse ali perto?

    Voltando, teríamos que explicar a divisão celular, a organogenese, no campo da "matéria sutil que compõem o perispirito", e o semen? e o material genetico?? e o DNA?? e a forma de recomposição do perispirito? teria o espírito sua forma antes de "eliminar" o perispirito? ou seria ele uma combinação dos seus genitores??? seria mais parecido com o papai ou com a mamãe?

    Ainda podem alegar que nada disso seria preciso, que os espíritos superiores, colocariam esse espírito através de processos que não podemos explicar, dentro de um outro espirito com caracteristicas femininas para esse gerar e auxiliar no refazimento do perispirito.. NOSSA DESCOBRIMOS QUE O PRIMEIRO BEBE DE PROVETA DEVE TER SIDO ELABORADO NO PLANO ESPIRITUAL!..

    Desculpe, mas continuo com Kardec, e com as Leis Quimicas, Fisicas e Biológicas... é muita imaginação!!!!

    Abraços

    Silvio - slmorais@osespiritas.org