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O Dom da Palavra

Oi amigos, mais uma vez a nossa amiga Célia nos preenche de felicidade com sua importante participação.

O Dom da Palavra

Filhinha

Não tenho o dom da palavra. Sou pouco instruída, pouco culta e meu
vocabulário é limitado. Escrevo o que sinto, com acento ou sem acento.
Sinto de um jeito e escrevo de outro, tentando me expressar.

Com ese ou dois esses, dizer que te amo seria desnecessário, pois tenho
feito isso a vida inteira. Ninguém conhecia melhor meu coração do que você.

Num olhar, emocionalmente correto, eu sabia o que você queria; entendia seu
jogo expressivo de quase não falar. Conhecia muito bem as diferentes
maneiras de você sorrir.

Não existem palavras, certas ou erradas, que expliquem a saudade que eu
sinto de você.

Tenho tido sonhos, envoltos numa névoa estranha, onde eu digo: me espera,
estou indo. Não sei se vou pra algum lugar, não sei aonde você está, mas sei
que, ter passado por este planeta sem ter te  conhecido, teria sido o meu
maior castigo.

Ter te acompanhado, ter sido sua parceira e  sua amiga, fez valer cada
segundo desta vida.

Célia Regina Carpinelli (A Mãe de Vivica)

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