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  • Organização e Disciplina na Casa Espírita

    Olá!

    Frequentando a tempos determinada casa espírita em São Paulo, me aprofundando nos trabalhos que a casa possuia vi que sempre surgia o tema "disciplina".

    Ficava eu no inicio ainda tímido observando as orientações sobre essa questão, depois mais experiente verifiquei que a disciplina é muito importante em qualquer função da vida e da casa espírita.

    Sempre me esforcei para ser bem disciplinado, de acordo com as orientações da codificação, percebia que esse tema disciplina era simplesmente abominado por grande parte dos trabalhadores da casa que ou ignoravam ou se sentiam desconfortáveis.

    Vi muitas vezes o exemplo servir como o melhor instrumento de educação.

    Assumi durante um período longo as funções de coordenador mediúnico da instituição espírita, procurei sempre me disciplinar para pedir "fraternalmente" para que os trabalhadores da casa espírita seguissem as orientações doutrinárias sobre esse assunto.

    Muitas pessoas se esforçavam por segui-las, mas ao ver que outras mais próximas ao presidente da casa, muitas vezes não se importavam com tal procedimento, relaxavam e lá estava eu a chamar "fraternalmente" a atenção.

    Um determinada vez por motivos de saúde tive que me afastar por um breve período, quando retornei as minhas funções, eis o espanto! os trabalhadores das salas de passe estavam ficando descalços para a aplicação. Estranhei aquilo porque sabemos que esses procedimentos não fazem parte da orientação doutrinária.

    Na reunião com os médiuns da sala de passe os questionei o motivo de tal atitude e orientei que não deveriam mais realizar aquele procedimento, nesse momento uma trabalhadora se levanta com sua feição alterada e diz em tom alto e forte, "não tem nada haver, pode ficar descalço sim", perguntei a ela onde tinha aprendido isso e ela me disse que estava fequentando um instituição afro-brasileira que seguia a umbanda.

    Expliquei a ela que a umbanda tem seus principios e procedimentos típicos de seus cultos, disse tambem que a casa era espírita e não umbandista, explicando-lhe que "espírita" é aquele que segue a "doutrina dos espíritos" codificada por "Allan Kardec" e a umbanda não é espírita e sim espiritualista estando eles então livres para procederem como cultuam tradicionalmente.

    Essa irmã ficou meio brava, chegou até a desaparecer dos trabalhos por duas semanas, mas retornou e voltou a sua função só que agora calçada.

    Dei esse exemplo para verificarmos que o orientador espírita, assim como qualquer trabalhador "espírita" deve se balizar na disciplina doutrinária e no AMOR que Jesus nos exemplificou.

    As vezes "pensamos em deixar para lá" determinadas atitudes que nos parecem pequenas contrariedades a disciplina exigida, mas não devemos agir assim.

    A natureza é disciplinada, o universo é disciplinado, DEUS é disciplinado.

    A disciplina é uma exigência para o bom desenvolvimento do trabalho , assim auxiliamos também de nossa parte a espiritualidade a conseguir excelente atuação nos campos exigidos.

    Essa disciplina deve ser explicada explícitamente aos que frequentam e desejam trabalhar no campo da caridade através da casa espírita.

    Encontrei um artigo muito bom no site da Federeção Espirita de São Paulo, escrito pela senhora Helena M. C. Carvalho, na primeira edição do Jornal Espírita de Julho de 1975 na página 7.

    Para quem quiser ver o site muito interessante ai está o link: http://www.feesp.com.br/divulgacao/pag_jornalespirita.htm

    O artigo que possui o título "ORGANIZAÇÃO E DISPCIPLINA NA CASA ESPÍRITA" está abaixo.

    "ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA NA CASA ESPÍRITA"

    Quando Allan Kardec se propôs a investigar os fenômenos espíritas, colocou-se logo em contato com os Espíritos Superiores que passaram a orientá-lo quanto aos trabalhos de pesquisa. Uma das primeiras questões que vieram à baila foi a da organização e horários predeterminados. Dessarte, passamos ao conhecimento das existências básicas para trabalhos de natureza mediúnica, repetindo-nos recentemente Emmanuel (Guia espiritual de Chico Xavier) o ensinamento, quando, argüido sobre as condições ideiais para o trabalho de intercâmbio entre os dois mundos, respondeu-nos:
    "-O que é necessário? Três coisas: disciplina, disciplina, disciplina".

    O próprio Codificador, ensinado sobre a validade da qualificação mediúnica, transformada em atividade autêntica e operante, colocou como condição indispensável, a regularidade, na obtenção de resultados efetivos.

    Desse modo, então, podemos aquilatar a importância da metodização séria e correta das Casas dedicadas aos trabalhos de assistência espiritual. Horário de certa forma rigoroso, hábitos salutares de silêncio enquanto os trabalhos não se iniciam, lugares predeterminados para o público, entre assistentes e obsidiados aguardando tratamento especial, confrades à porta para isolar algum caso de assistente em condições precárias de viciação excessiva (criaturas em excesso de alcoolização ou simplesmente portando cigarros acesos) - isto,
    quanto ao funcionamento da casa, que deve contar, principalmente, com médiuns absolutamente conscientes de seus deveres que incluem acima de tudo uma freqüência rigorosamente pontual.

    Dizemos quanto ao funcionamento da Casa, no que se refere aos trabalhos específicos. Subentendido está, pois, que tal Associação deve contar com Estatutos regulares e moldados naqueles que se apresentam interpretando os códigos de funcionamento preconizados pelos Espíritos Dirigentes de Grupos dessa natureza de que servem de modelo os da Sociedade Parisiense de Estudos Psíquicos, inseridos no final do Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.

    Nunca é de mais lembrar que a corrente Kardequista não recomenda nem endossa qualquer prática supersticiosa, nenhuma vestimenta especial, nem imagens, muito menos o uso de velas, incensos ou quaisquer outros aparatos.

    A expressão "mesa branca" usada fartamente pelos que conhecem a melodia do Espiritismo verdadeiro apenas "de ouvido", nenhum significado possui para nós, uma vez que usamos uma mesa apenas por questão de comodidade, mas também não precisaríamos usar móvel algum, nem mesmo cadeiras, se nossas práticas não nos levassem ao prolongamento exigidos pelos inúmeros propósitos humanitários de que nos fazemos intérpretes.

    Descarte, a cor da mesa, como das cadeiras, tanto quanto das peredes da Casa em que nos reunimos, ou das roupas que vestimos, nada importa, lembrando-nos de que apenas bons propósitos, o pensamento sadio e os atos disciplinares podem ser os responsáveis pelos resultados positivos daquilo a que se propõem as Associações de tal natureza.

    Quando alguém desejar freqüentar uma Casa Espírita, devemos indicar-lhe apenas aquelas que nos deixam bem clara a subordinação aos preceitos evangélicos, isto é, os agrupamentos em que se realize estudo disciplinado e efetivo do "Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, e demais obras da Codificação Espírita, além de manter esses mesmos ensinamentos como uma norma de conduta regular para todos os trabalhadores da casa.

    Lembremo-nos de que, se não houver censura evangélica, não haverá Espíritos Superiores e, se estes não estiverem presentes, as entidades perversas e zombeteiras tomarão conta de tudo.

    Muito cuidado, pois, com a freqüência a casas manifestamente desinteressadas destes requisitos. Os perigos enormes e os prejuízos, quase sempre, totais.

    Na temática das comunicações de Espíritos Superiores, figura, em destaque, essa questão, nos alerta que nos trazem, contra a discórdia e a discussão. São elas porta aberta para a penetração de elementos espirituais espúrios que, valendo-se da imprevidência dos trabalhadores, imiscuem-se de maneira sutil, espalhando a dissidência e a desarmonia que geram posteriormente o desequilíbrio, pondo em risco a sobrebrivência da congregação.

    Nada mais perigoso do que o descontentamento gerado pela descortezia entre obreiros. Os Espíritos Conselheiros sempre nos colocam de sobreaviso pelos costumeiros deslizes de colegas nossos, deslizes esses que devem ser devidamente desculpados por nós, na qualidade de criaturas que, se conhecedoras e obedientes das normas evangélicas de Jesus, já teremos tido tempo suficiente para compreender e superar deficiências humanas, em função do competente desenpenho das tarefas de ordem coletiva e geral, que nos couberam dentro da Seara do Mestre.

    Helena M. C. Carvalho

    Abraços a todos,

    Silvio

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