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doutrina - Page 2

  • O Dom da Palavra

    Oi amigos, mais uma vez a nossa amiga Célia nos preenche de felicidade com sua importante participação.

    O Dom da Palavra

    Filhinha

    Não tenho o dom da palavra. Sou pouco instruída, pouco culta e meu
    vocabulário é limitado. Escrevo o que sinto, com acento ou sem acento.
    Sinto de um jeito e escrevo de outro, tentando me expressar.

    Com ese ou dois esses, dizer que te amo seria desnecessário, pois tenho
    feito isso a vida inteira. Ninguém conhecia melhor meu coração do que você.

    Num olhar, emocionalmente correto, eu sabia o que você queria; entendia seu
    jogo expressivo de quase não falar. Conhecia muito bem as diferentes
    maneiras de você sorrir.

    Não existem palavras, certas ou erradas, que expliquem a saudade que eu
    sinto de você.

    Tenho tido sonhos, envoltos numa névoa estranha, onde eu digo: me espera,
    estou indo. Não sei se vou pra algum lugar, não sei aonde você está, mas sei
    que, ter passado por este planeta sem ter te  conhecido, teria sido o meu
    maior castigo.

    Ter te acompanhado, ter sido sua parceira e  sua amiga, fez valer cada
    segundo desta vida.

    Célia Regina Carpinelli (A Mãe de Vivica)

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  • Um exemplo de AMOR !

    Olha que alegria recebi de nossa amiga Célia, leiam...

    A Mãe de Vivica


    Doação

    Quando doei os orgãos da minha filha, não pensei em nada; não era dia nem
    hora pra pensar, estava amortecida, não entendia ainda o que havia
    acontecido e, mais que tudo, não queria acreditar, mas a doação foi
    automática, porque já era uma idéia plantada em nossos corações.

    Ninguém acredita que vai acontecer com a gente; eu nunca imaginei que iria
    perder minha filha. Tinha medo, como todas as mães, de um acidente, uma bala
    perdida ou um louco solto pelas ruas. Eu nem respirava enquanto ela não
    estivesse em casa, mas a morte nos alcança em qualquer lugar, à qualquer
    hora.

    Doar orgãos tem que ser uma certeza antiga.

    Nunca desejei que minha filha vivesse em outras pessoas, acho que nosso
    corpo é só um cabide para a alma;  tudo o que temos de melhor está além
    desse cabide.
    Rins, figado, coração, córneas, nada mais são do que adereços que tem
    utilidade enquanto vivemos, depois... depois ficam as lembranças,  as
    idéias, nossa essencia; ficamos exatamente nós, emoldurados por fotografias.
    Desejo sim, que ninguém mais tenha que passar por essa  dolorosa
    experiência.

    Pra  ser sincera, doar não alivia nossa dor, não nos conforta nas noites de
    insônia, não nos ajuda a passar o dia, mas é importante, é bom saber que
    hoje outras mães não estão chorando.

    Minha  filha foi um anjo na terra; amou de forma grande e bonita,  foi
    meiga, delicada, só teve bons pensamentos. O que mais uma mãe pode querer?

     Celia - mãe da iluminada Vivica