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chico xavier - Page 3

  • Animismo não é Mistificação

    Muitos espíritas confundem animismo com mistificação e isso é um erro.Boletim_507_4.jpg

    Animismo é quando há a "manifestação" do próprio médium de uma forma involuntária enquanto que na mistificação há a voluntariedade, isso é, uma encenação com plena consciência de que está  com a intenção enganar.

    O animismo não pode ser confundido também como uma "outra" personalidade, é na realidade o "eu" do médium se manifestando mais livremente.

    Mas o médium não sabe que é ele mesmo? Conscientemente não.

    Em uma comparação bem simples e grosseira, como o sonambulismo. O sonambúlico realiza atividades como andar pela casa, alguns casos até mesmo conversar e quando desperta de nada se recorda.

    No animismo o fluxo de informações "preenche" o campo cognitivo do médium, essas informações são transmitidas através da "fala" como na psicofonia ou na "escrita" como a psicografia.

    grupo-mediunico_Mozart-Couto-300x193.jpgO médium como qualquer outra pessoa também necessita tratar as "feridas da alma" provocadas de forma voluntaria ou não em existências anteriores. Devido a sua sensibilidade possui mais "canais" no campo psicológico e espiritual para essa finalidade, a do tratamento.

    Muitos espíritas acham isso uma forma de desequilíbrio, mas é uma forma  na qual a espiritualidade se utiliza para auxiliar o médium na superação de suas imperfeições. Desequilíbrio é manter  o dedo apontando e buscando, por motivos que for, as imperfeições alheias.

    As manifestações anímicas são mais comuns que imaginamos, e possuem suas finalidades para a evolução do ser. Alguns espíritas pensam que o tratamento para isso é apenas o passe e pensar assim é um equívoco. Pensam que isso é um absurdo para um médium o rotulando logo de desequilibrado, como se Deus não fosse amparar os padres, as madres, pastores, etc.

    Nem todas as manifestações anímicas são apenas de dores e ranger de dentes, há manifestações anímicas em que o médium traz instruções interessantes devido as suas experiências nas existências anteriores. Mas nesse caso os mesmos dedos que apontam, equivocados, pensam ser apenas a mensagem um instrutor do plano espiritual.

    Como mediunidade não é um atributo exclusivo da doutrina espírita, o animismo, também ocorre em todas as outras reuniões religiosas. A mediunidade é um canal, se não fossem os preconceitos sessãoespírita2.gifhumanos seria uma ótima ferramenta para a humanidade tratar e compreender por exemplo inúmeras causas das doenças psicossomáticas, esquizofrenia, etc. Há estudos sérios e não religiosos com outra denominação sobre o que chamamos mediunidade.

    Mas eu sou médium ( meio )?? Sim todos somos. Somos um "meio" para que Deus através da oração, nos fortaleça para  combatermos  nossas imperfeições morais e mais maduros possamos auxiliar de forma efetiva quem necessita.

    "Médium eu? não sou não" é sim, veja o atributo da inteligência que Deus lhe proporciona, é uma forma de manifestação do criador em nossas vidas e através dela desenvolvemos o nosso planeta. Veja como éramos a 500 anos atrás e veja como estamos agora, por exemplo no campo de medicina. Nós seres-humanos somos um meio para que Deus através da inteligência se manifeste evoluindo pouco a pouco nossa capacidade de compreende-lo e de executar seu plano para nosso planeta, que é de um MUNDO cada vez melhor.

    "Há mas a inteligência também pode ser usada para o mal" é verdade mas o próprio Cristo já ciente dessa nossa deficiência moral temporária que possuímos, já nos deixou orientações sobre os resultados que o mau uso dessa e de outras ferramentas que Deus nos proporciona pode nos causar. E veja lembre-se de que como se comportavam os seres-humanos em relação a séculos atrás e como nos comportamos hoje, por exemplo nas relações sociais.

    Mas é isso irmãos e irmãs apenas deixar esse resumo sobre as diferenças entre animismo e misticismo.

    Se possível vejam esse link do Wikipedia bem interessante:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Animismo

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    cognitivo, animismo e mistificação no dicionário:

    (cog.ni.ti.vo)

    1. Ref. à cognição, capacidade de aquisição de conhecimento, ou ao conhecimento: desenvolvimento cognitivo humano.

    2. Ref. à função e ao processo mental do tratamento das informações (percepção, memória, raciocínio etc.)

    3. Psi. Ref. aos processos da mente envolvidos na percepção, na representação, no pensamento, nas associações e lembranças, na solução de problemas etc.

    [F.: Do lat. cognitus + -ivo.]

    Read more: http://aulete.uol.com.br/cognitivo#ixzz2cRHyZAsZ

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    mistificação

    mis.ti.fi.ca.ção

    sf (mistificar+ção) 1 Ato ou efeito de mistificar. 2 Coisa enganadora ou vã.

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    animismo

    a.ni.mis.mo

    sm (lat anima+ismo) 1 Doutrina dos que consideram a alma como princípio ou causa de todos os fenômenos vitais (normais ou patológicos). 2 Ideia que consiste em dar alma a coisas inanimadas: Animismo infantil. 3 Crença dos povos que supunham existirem espíritos em todos os seres da Natureza.

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  • Revelação aos Novos Espíritas

    Carissimos irmãos de jornada espírita,

    Nessa noite venho vos trazer uma boa nova, que fará muitos ficarem perplexos, outros desacreditados e outros ainda fanatizados. Mas que misteriosa nova idéia é essa? Uma nova revelação? algo que alguém em algum lugar se diz possuir sensibilidade acima da média e quer difundir sem medir as consequências e verificações que abonariam ou destituiriam as palavras escritas nesse texto eletrônico?

    Sim, amigos, é necessário o crivo da razão da lógica e do bom senso para se validar uma idéia dentro de todos os campos nos quais a vida se enquadra, moral, científico e espiritual, é necessário, principalmente no meio espírita onde nos dias de hoje textos se propagam ao sabor dos ventos e escritores tomados por um cabedal de conhecimento imaginário doutrinário, distorcem à revelia os sentidos e as palavras para que seu produto se torne mais atraente aos leitores incautos e fragilizados pelas dores da vida.

    Vítimas, nas mãos de infratores divinos! onde esquecem a lógica, a razão e o bom senso. Não conhecem princípios espiritas e nem cristãos, não possuem a religiosidade necessária para terem a responsabilidade adequada aos que procuram a fonte da informação, dirigidos apenas pela vontade do aprender.

    Como podemos esperar, um desenvolvimento dos seres nos campos doutrinários, se até as rádios ditas espíritas se permitem manifestar os autores pseudos espíritas?

    Acordai espíritas hodiernos, acordai! não se permitam equivocar pela falta da lógica destemperada que busca apenas a fama e a glória de ser reconhecido como mais um promissor Chico! Mas esses não deixarão de guardar vultuosas poupanças, sem um centavo pegar, sem satifazerem os brados retumbantes que ecoam no cintilante dourado dos sonhos de consumo que agora poderão praticar.

    Mais uma vez, mais uma obra desregrada, sem base, sem noção. Mas há a Lei de Ação e Reação, não se esqueçam, não como um castigo, mas sim como uma corrigenda necessária nos campos das existências divinas, onde o reenducando reescreverá palavra por palavra distorcida, onde deverá se rearmonizar com as almas desesperadas por terem se atirado de peito aberto as ilusões vendidas nas alvas páginas de letras enegrecidas pelas energias desarmonizantes que os levaram a crer no que não existia.

    Que Kardec e Chico inspirem, com idéias corretas, os que aqui na Terra escrevem mostrando valores desvirtuados, mesmo depois de tantos séculos de preparo para a difusão no Brasil da obra redentora do Espírito da Verdade.

    "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará" Espíritas antes de aceitarem uma obra nova como fato comprovado e afirmar que aquilo é verdade leia minha revelação, propague essa verdade porque ela permitirá que evite os erros, que não deixe os novos na doutrina se enganarem e se iludirem.

    Gravai bem essas revelações em suas consciências, as pratiquem e divulguem para o erro não se difundir mais.

     

    Primeira Revelação:

    Estudem todas as obras básicas, repetidas vezes ou enquanto houverem dúvidas;

     

    Segunda Revelação:

    Utilizem essa três regras básicas e muito equívocos se evitaram: Lógica, Razão e Bom Senso;

     

    Terceira e mais importante Revelação:

    Parem de mistificar e aceitarem gnomos, duendes e salamandras como fatos reais. Separai o joio do trigo, tenham o discernimento de saberem separar o que é doutrina espírita e o que é fantasia, ilusão e mistificação. Não há milagres, não há mágicas e não há ilusões e falsas promessas na Doutrina Espírita. Nela em palavras simples digo, o que é pau é pau, o que é pedra é pedra, é sim ou não, ou há a sua reforma intima ou não há, ou há o esforço para se melhorar a cada dia ou não há.

    É isso senhores, simples e de fácil compreensão.

     

     

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  • Nosso Lar estréia em primeiro no Brasil

    Nosso Lar estreia em primeiro no Brasil

    07/09/2010 08h44 - Do Cineclick

     

    Nosso_Lar.jpg


    Nosso Lar, drama sobre a jornada de um médico após sua morte, estreou com folga em primeiro lugar no último fim de semana no Brasil, com R$ 5,92 milhões e público de 562,5 mil pessoas. O filme de Wagner de Assis também conseguiu a melhor média por sala, cerca de 1.223 espectadores, segundo o Filme B. Com o resultado, Nosso Lar já é a oitava maior bilheteria de estreia do ano e a segunda maior abertura em público, atrás apenas de Chico Xavier (585,5 mil pessoas).

    Na segunda colocação, Karate Kid, com Jaden Smith e Jackie Chan, rendeu R$ 2,84 milhões.

    Em terceiro lugar nos cinemas brasileiros ficou o longa infantil Como Cães e Gatos 2, lançado também em 3D, com R$ 1,5 milhão.

    O Último Mestre do Arsomou R$ 1,36 milhão, seguido por A Origem, que rendeu mais R$ 957 mil, ao montante de R$ 14,9 milhões conseguidos até o momento.

    Confira os dez filmes mais rentáveis no Brasil, neste fim de semana:

    1º) Nosso Lar - R$ 5,92 milhões

    2º) Karate Kid - R$ 2,84 milhões

    3º) Como Cães e Gatos 2 - R$ 1,5 milhão

    4º) O Último Mestre do Ar - R$ 1,36 milhão

    5º) A Origem - R$ 957 mil

    6º) Par Perfeito - R$ 794,7 mil

    7º) Meu Malvado Favorito - R$ 777,4 mil

    8º) Os Mercenários - R$ 639,4 mil

    9º) O Aprendiz de Feiticeiro - R$ 441,2 mil

    10º) 5x Favela - Agora Por Nós Mesmos - R$ 208,3 mil

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  • Revista Super Interessante - Richard Simonetti

    Olá amigos

    Reproduzo abaixo carta de Richar Simonetti para o editor da revista Super Interessante, sobre a péssima matéria publicada sobre a Chico Xavier, façam suas analises.

    Senhor Sérgio Gwercman

    Diretor de redação da revista Super Interessante

     

    Sou assinante dessa revista há muitos anos. Sempre a encarei como publicação séria, fonte de informações a oferecer subsídios para meu trabalho como escritor espírita, autor de 49 livros publicados.

    Essa concepção caiu por terra ao ler, na edição de abril, infeliz reportagem sobre Francisco Cândido Xavier, pretensiosa e tendenciosa, objetivando, nas entrelinhas, denegrir e desvalorizar o trabalho do grande médium.

    Isso pode ser constatado já na seção “Escuta”, com sua assinatura, em que V.S. pretende distinguir respeito de reverência, como se reverência não fosse o respeito profundo por alguém, em face de seus méritos.

    Podemos e devemos reverenciar Chico Xavier, não por adesão de uma fé cega, mas pela constatação racional, lúcida, lógica, de que estamos diante de uma personalidade ímpar, que fez mais pelo bem da Humanidade do que mil edições de Superinteressante, uma revista situada como defensora do bom jornalismo, mas que fez aqui o que de pior existe na mídia – a apreciação superficial e tendenciosa a respeito de alguém ou de uma notícia, com todo respeito, como pretende seu editorial, como se fosse possível conciliar o certo com o errado, o boato com a realidade, o achincalhe com o respeito.

    Para reflexão da repórter Gisela Blanco e redatores dessa revista que em momento algum aprofundaram o assunto e nem mesmo se deram ao trabalho de ler os principais livros psicografados pelo médium, sempre com abordagem superficial, pretendendo “explicar” o fenômeno Chico Xavier, aqui vão alguns aspectos para sua reflexão e – quem sabe? – um cuidado maior em futuras reportagens.

    De onde a repórter tirou essa bobagem de que “toda essa história começou com as cartas dos mortos?”

    Se as eliminarmos em nada se perderá a grandeza de Chico Xavier. A história começa bem antes disso, com a publicação, em 1932, do livro Parnaso de Além-Túmulo, quando o médium tinha apenas 22 anos.

    A reportagem diz: “Ele dizia que não escolhia os espíritos a quem atenderia, só via fantasmas e ouvia vozes. Mas parecia ser o escolhido por celebridades do céu. Cruz e Souza, Olavo Bilac, Augusto dos Anjos e Castro Alves lhe ditaram versos e prosa.”

    Afirmativa maliciosa, sugerindo o pastiche, a técnica de copiar estilo literário. O repórter não se deu ao trabalho de observar que no próprio Parnaso há, nas edições atuais, 58 poetas desencarnados, menos conhecidos e até desconhecidos, como José Duro, Alfredo Nora, Alma Eros, Amadeu, B.Lopes, Batista Cepelos, Luiz Pistarini, Valado Rosa… Poetas do Brasil e de Portugal que se identificam pelo seu estilo, em poesias personalíssimas enriquecidas por valores de espiritualidade.

    Não sabe ou preferiu omitir a repórter que Chico psicografou poesias de centenas de poetas desencarnados, ao longo de seus 75 anos de apostolado, na maior parte poetas provincianos, conhecidos apenas nas cidades onde residiam no interior do Brasil. Pesquisadores constatam que esses poemas não são “razoavelmente fiéis ao estilo dos autores”. São totalmente fiéis.

    Não tem a mínima noção de que a técnica do pastiche, a imitação de estilo literário, é extremamente difícil, quase impossível. Pastichadores conseguem imitar uma página, uma poesia de alguém, jamais toda uma obra ou as obras de centenas de autores.

    Afirma que Chico foi autodidata e leitor voraz durante toda a vida, sempre insinuando o pastiche. Leitor voraz? Passava os dias lendo? Só quem não conhece sua biografia pode falar uma bobagem dessa natureza, já que Chico passava a maior parte de seu tempo atendendo pessoas, psicografando, participando de reuniões e atendendo à atividade profissional. Não conheço um único documentário, uma única foto mostrando Chico lendo “vorazmente”. Ah! Sim! Para a repórter Chico certamente escondia isso.

    Fala também que Chico teria 500 livros em sua biblioteca e que “a lista inclui volumes de autores cujo espírito o teria procurado para escrever suas obras póstumas, como Castro Alves e Humberto de Campos”.

    E as centenas de poetas e escritores que se manifestaram por seu intermédio. Chico tinha livros deles? E de poetas que sequer publicaram livros?

    Quanto a Humberto de Campos, cuja família tentou receber na justiça os direitos autorais pelas obras psicografadas por Chico, o que seria ótimo acontecer, o reconhecimento oficial da manifestação dos Espíritos, esqueceu-se a repórter de informar que Agripino Grieco, o mais famoso crítico literário de seu tempo, recebeu uma mensagem do escritor, de quem era amigo. Reconheceu que o estilo era autenticamente de Humberto de Campos, mas que o fato para ele não tinha explicação, já que, como católico praticante, não admitia a possibilidade de manifestação dos espíritos.

    Esqueceu ou ignora que Chico, médium psicógrafo mecânico, recebia duas mensagens simultaneamente, com ambas as mãos sendo usadas por dois espíritos. Desafio Superinteressante a encontrar um prestidigitador capaz de fazer algo semelhante.

    Uma pérola de ignorância jornalística está na referência sobre materialização de Espíritos: “seria necessário produzir um total de energia duas vezes maior do que é hoje produzido pela hidroelétrica de Itaipu por ano, segundo os cálculos feitos por especialistas exibidos por reportagens sobre Chico nos anos 70.” Seria superinteressante a repórter ler sobre as pesquisas de Alfred Russel Wallace, Oliver Joseph Lodge, Lord Rayleigh, William James, William Crookes, Ernesto Bozzano, Cesare Lombroso, Alexej Akzacof e muitos outros cientistas respeitáveis que estudaram o fenômeno da materialização e o admitiram. Leia, também, sobre quem eram esses cientistas, para constatar que não agiam levianamente como está na revista.

    A repórter reporta-se às reuniões mediúnicas das quais Chico participava como shows que o tornaram famoso e destila seu veneno. Cita o sobrinho de Chico que, dizendo-se médium, confessou que era tudo de sua cabeça, o mesmo acontecendo com o tio. Por que passar essa informação falsa, se o próprio sobrinho de Chico, notoriamente perturbado e alcoólatra, pediu desculpas pela sua mentira? Joga penas ao vento e espera que o leitor as recolha? Omitiu também a informação de que ele confessou que pessoas interessadas em denegrir o médium pagaram-lhe pela acusação.

    Eram frequentes nas reuniões a ocorrência de fenômenos como a aspersão de perfumes no ambiente, algo que, deveria saber a repórter, costuma ocorrer com os médiuns de efeitos físicos. No entanto, recusando-se a colher informações mais detalhadas sobre o assunto, limitou-se a dizer que em 1971 um repórter da revista Realidade, José Hamilton Ribeiro, denunciou que viu um dos assessores de Chico Xavier levantar o paletó discretamente e borrifar perfume no ar. Sugere que havia mistificação, aliás, uma tônica na reportagem. Por que não foram consultadas outras pessoas, inclusive centenas que tiveram seus lenços inexplicavelmente encharcados de perfume ou a água que levavam para magnetizar, a exalar também um olor suave e desconhecido que perdurava por muitos dias?

    Na questão das cartas, milhares e milhares de cartas de Espíritos que se comunicavam com os familiares, sugere a repórter que assessores de Chico conversavam com as pessoas, anotando informações para dar-lhes autenticidade. Lamentável mentira. E ainda que isso acontecesse, Chico precisaria ser um prodígio para ler rapidamente as informações e inseri-las no contexto de cada mensagem, de cada espírito, mistificando sempre.

    E as mensagens dirigidas a pessoas ausentes? E os recados aos presentes? Não eram só mensagens. Eram incontáveis recados. A pessoa aproximava-se de Chico e ele, sem conhecer nada de sua vida, transmitia recados de familiares desencarnados, na condição de um ser interexistente, que vivia simultaneamente a vida física e a espiritual, em contato permanente com os Espíritos.

    Lembro o caso de um homem inconformado com a morte de um filho. Ia toda noite deitar-se na sepultura do rapaz, querendo “ficar com ele”. Não contava a ninguém, nem mesmo aos familiares. Em Uberaba recebeu mensagem do filho pedindo-lhe que não fizesse isso, porquanto ele não estava lá.

    Durante muitos anos Chico psicografou receituário mediúnico de homeopatia. Perto de 700 receitas numa noite. Ficava horas psicografando. E os medicamentos correspondiam à natureza do mal dos pacientes, sem que o médium deles tivesse o mínimo conhecimento. Na década de 70 tive uma uveíte no olho esquerdo. Compareci à reunião de receituário. Escrevi meu nome e idade numa folha de papel. Não conversei com ninguém. Após a reunião recebi a indicação de dois medicamentos. Tornando a Bauru, onde resido, verifiquei num livro de homeopatia que o dois medicamentos diziam respeito ao meu mal. Curaram-me.

    Concebesse a repórter que, como dizia Shakespeare, há mais coisas entre a Terra e o Céu do que concebe nossa vã sabedoria, e não se atreveria a escrever sobre assuntos que desconhece, com o atrevimento da ignorância.

    Outras “pérolas” da reportagem:

    Oferece “explicações” lamentáveis para o fenômeno Chico Xavier.

    Psicose, confundindo mediunidade com anormalidade.

    Epilepsia, descarga elétrica que “poderia causar alheamento, sensação de ausência, automatismo psicomotor”, segundo a opinião de um médico. Descreve algo inerente ao processo mediúnico, que não tem nada a ver com desajuste mental, ou imagina-se que o contato com o Espírito comunicante não imponha uma alteração nos circuitos cerebrais, até para que ocorra a manifestação? E porventura o médico consultado sabe de algum paciente que produza textos mediúnicos durante a crise epilética?

    Criptomnésia, memórias falsas, lembranças escondidas no subconsciente do médium, ao ouvir informações sobre o morto. Inconscientemente ele “arranjaria” essas informações para forjar a “manifestação”.

    Telepatia. Aqui o médium captaria informações da cabeça dos consulentes e as fantasiaria como manifestação do morto. Como dizia Carlos Imabassahy, grande escritor espírita, inconsciente velhaco, porquanto sempre sugere que é um morto quem se manifesta, não ele próprio.

    Informa a repórter que “acuado pelas críticas na Pedro Leopoldo de 15 mil habitantes, Chico resolveu fazer as malas e partir para Uberaba, um polo do Espiritismo onde contaria com um apoio de amigos”.

    Mentira. Ele deixou Pedro Leopoldo, onde tinha muitos amigos, não por estar “acuado”, mas simplesmente seguindo uma orientação do Mundo Espiritual, em face de tarefas que desenvolveria em Uberaba que, então sim, com sua presença transformou-se em “polo do Espiritismo”.

    Na famoso pinga-fogo a que Chico compareceu, em 1971, na TV Tupi, um marco na história das entrevistas televisivas, com uma quase totalidade de audiência, diz a repórter que Chico foi “bombardeado por perguntas. Mas se safou.” Bombardeado? Safou-se? O que foi essa entrevista, um libelo acusatório contra um mistificador? Se a repórter se desse ao trabalho de ver a entrevista toda, o que lhe faria muito bem, verificaria que o clima foi de cordialidade, de elevada espiritualidade, e que em nenhum momento os entrevistadores “bombardearam” Chico. E em nenhum momento ele deixou de responder as perguntas com a sobriedade e lisura de quem não está ali para safar-se, mas para ensinar algo de Espiritismo.

    Falando da indústria (?) Chico Xavier, há um box sobre “Dieta do Chico Xavier”, que jamais seria veiculada por Chico. Usaram seu nome. Por que incluí-la nas inverdades sobre o médium, simplesmente para denegrir sua imagem, aqui sugerindo que seria ingênuo a ponto de conceber semelhante bobagem? Se eu divulgar via internet que Superinteressante recomenda o uso de cocô de galinha para deter a queda de cabelos, seria razoável que alguma revista concorrente citasse essa tolice, mencionando a suposta autoria, sem verificação prévia?

    Falando dos 200 livros biográficos sobre Chico Xavier, a repórter escreve: “Tem até um de piadas, Rindo e Refletindo com Chico Xavier”. Certamente não leu o livro, porquanto não conhece nem o autor, eu mesmo, Richard Simonetti, nem sabe que não se trata de um livro de piadas, mas um livro de reflexão em torno de ensinamentos bem-humorados do médium.

    Não fosse algo tão lamentável, tão séria essa agressão contra a figura respeitável e venerável de Chico Xavier, eu diria que essa reportagem, ela sim, senhor redator, foi uma piada de péssimo gosto!

    Doravante porei “de molho” as informações dessa revista, sem o crédito que lhe concedia.

    A repórter Gisela Branco esteve em Pedro Leopoldo e Uberaba com o propósito de situar Chico Xavier como figura mitológica. É uma pena! Não teve a sensibilidade nem o discernimento para descobrir o médium Chico Xavier, cuja contribuição em favor do progresso e bem estar dos homens foi tão marcante que, a exemplo do que disse Einstein sobre Mahatma Gandhi, “as gerações futuras terão dificuldade para conceber que um homem assim, em carne e osso, transitou pela Terra.”

    E deveria saber que não vemos Chico Xavier como um mártir, conforme sugere. Não morreu pelo Espiritismo. Viveu como espírita. E se algo se aproxima de um martírio em seu apostolado, certamente foi o de suportar tolices e aleivosidades como aquelas presentes na citada reportagem.

    Finalizando, um ditado Zen para reflexão dos redatores da Super:

    O dedo aponta a lua.

    O sábio olha a lua.

    O tolo olha o dedo.

     

     

    Richard Simonetti

    Bauru, 3 de abril de 2010.

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